Alexandre Baldy aproveitou a oportunidade para comentar sobre a missão internacional que participou, na última semana, nos Emirados Árabes Unidos, durante o 3º Encontro Anual de Investimentos, em Dubai.
“Em nossa participação no 3º Encontro Anual de Investimentos – que realizamos na semana passada, nos Emirados Árabes, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – nos encontramos com diversas autoridades, ministros de Estado de vários países, que buscam investir em oportunidades econômicas que o Estado de Goiás oferece, além de investir diretamente no setor produtivo, especialmente na cadeia de alimentos. Uma área que hoje é uma preocupação global e na qual nós, no Centro-Oeste, somos líderes”, afirma.
Segundo o secretário, o encontro oportunizou a troca de contatos comerciais com mais de 110 fundos de investimentos árabes, com recursos disponíveis da ordem de US$ 1 trilhão, de países orientais e asiáticos, para serem utilizados. “Todo investimento que quiser vir para o Brasil e, especialmente para Goiás, será muito bem-vindo, desde que ele venha e possa ser investido aqui, gerando empregos, melhorando a renda e, consequentemente, promovendo desenvolvimento econômico para nosso Estado”, asseverou Baldy.
Ele ressaltou que há grande interesse, tanto do governo quando da iniciativa em privada, no fechamento de parcerias relacionadas à Plataforma Logística Multimodal e ao Aeroporto de Cargas ambos em Anápolis. “Hoje o aeroporto tem a sua obra bastante adiantada, com expectativa de entrega da pista ainda este ano, até meados de outubro. Já a plataforma logística será concedida para o setor privado, a fim de que possamos captar mais de R$ 1 bilhão em investimentos na cidade de Anápolis, que hoje podemos considerar como o trevo do Brasil”, finaliza.
Produtos
Os produtos que mais se destacaram nas vendas goianas para o mercado externo foram o complexo da soja (grãos, bagaços e óleo), com 52,4% do total, seguido das carnes (bovinas, aves e suínas), 19,90%; sulfeto de cobre, 9,2%; ferroligas, 5,8%; couros e derivados, 3,7%; açúcar, 1,9%; amianto, 1,4%; outros produtos de origem animal, 1,1%; preparações alimentícias, 1,1%; milho, 1,0%; gelatina e seus derivados, veículos, máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos, vermiculita, glicerol em bruto, algodão, café, produtos químicos orgânicos, produtos farmacêuticos.
Os principais mercados que receberam os produtos foram a China, que comprou 43,16%% do total. Em seguida, aparece a Holanda (7,94%), Rússia (6,57%), Índia (6,10%), Bulgária(4,33%), Hong Kong (3,89%), Japão (2,60%), Alemanha (2,40%), Itália (1,52%), Emirados Árabes Unidos (1,47%).
Os principais produtos importados por Goiás foram, pela ordem, veículos automóveis, tratores e suas partes (32,27%); produtos farmacêuticos (22,76%); caldeiras, máquinas, aparelhos, e instrumentos mecânicos (11,94%); adubos ou fertilizantes (9,90%); produtos químicos orgânicos (4,67%), plásticos e suas obras (3,10%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos e suas partes (2,85%); instrumentos de aparelhos de óptica e fotografia (2,07%); borrachas e suas obras (1,20%); e enxofre (1,17%). As mercadorias são originárias, principalmente, da Coreia do Sul, Alemanha, Japão, Estados Unidos, Tailândia, Chile, China, Canadá, Países Baixos (Holanda) e Suíça.
Quadrimestre
No ano, de janeiro a abril, as exportações chegaram a US$ 2,060 bilhões, um crescimento de 5,08% ante o mesmo período do ano passado. As importações evoluíram 5,52%, atingindo a marca de US$ 1,721 bilhão. Com isso, o saldo está acumulado em US$ 339,150 milhões.
No mesmo período, as exportações brasileiras recuaram 4,26% e as importações cresceram 15,59%. O resultado proporcionou ao Brasil um saldo negativo de US$ 6,150 bilhões. O pior já registrado para o período desde o início da série histórica, compilada a partir de 1993.
De acordo com o secretário, as exportações goianas, alguns anos atrás, não significavam praticamente nada no universo das exportações brasileiras. Hoje, afirma, o superávit goiano é um dos principais fatores que amenizam o déficit comercial brasileiro.