Navegabilidade no Rio Paranaíba

Na última reunião da diretoria da ACII, ocorrida dia 23 de fevereiro, o diretor José Márcio Margonari  apresentou  a todos o empresário Rubens Alexandre, dono de uma empresa  vencedora da concorrência para retirar os tocos existentes entre  Itumbiara e Cachoeira Dourada dentro do rio Paranaíba. A empresa de Rubens realiza este trabalho através de mergulho, com a utilização de moto serra hidráulica. Rubens falou da importância desta obra para possibilitar a construção de eclusas e podendo navegar o rio em toda sua extensão.

A primeira etapa desse trabalho é a retirada dos tocos do fundo do rio e sinalizar os locais de maior profundidade  para os barcos poderem navegar com segurança. Essa etapa está calculada para ser feita entre 4  e  6 meses. Que além de retirar a vegetação submersa a empresa vai sinalizar o local navegável. O Ministério dos Transportes  apresentou um projeto para dar expansão a navegação do sistema Tietê-Paraná-Paranaíba. Este projeto constituí em 7 etapas, sendo a primeira justamente a retirada dos tocos e sinalização.  O sistema existente entra pelo rio Paranaíba chegando  a parte de baixo da represa de São Simão. Dentro do projeto já está previsto a construção de eclusas nas barragens de São Simão, Cachoeira Dourada, Itumbiara e Emborcação. Com a conclusão dessas obras a cidade de Itumbiara contará com esse modal de logística mais barato do mundo.  O novo trecho vai permitir o aumento da competitividade da produção goiana. É um transporte mais barato que o rodoviário e o ferroviário. Além de ter forte apelo ecológico, por reduzir o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes.

 

O custo médio para transportar a carga de uma tonelada é de R$ 30,00 por hidrovia. Por meio da ferrovia, R$ 100.00, e rodovia, R$ 130.00. Goiás planeja estender a hidrovia Tietê-Paraná-Paranaíba da Barragem de São Simão até Catalão. O trecho de 450 quilômetros tem potencial de transporte de cerca de 1 milhão de toneladas de grãos, pelo custo de até 75% mais barato que a via rodoviária. A área de influência do novo modal atingirá um raio de 94,5 mil quilômetros quadrados, atendendo à demanda das regiões de Cachoeira Dourada, Quirinópolis, Goiatuba, Itumbiara e Pires do Rio.

O estudo de viabilidade da hidrovia foi elaborado com base no novo Plano Nacional de Logística de Transporte. O custo mínimo estimado das obras é de R$ 1.5 bilhões, a partir da implantação de eclusas em São Simão, Cachoeira Dourada e Itumbiara. As eclusas são obras de contenção de desníveis das águas fluviais, permitindo a navegação do trecho. Funcionam como elevadores para as barcaças.

Com a conclusão do trabalho, iniciado agora pela empresa de Rubens Alexandre, o trecho do rio Paranaíba entre Itumbiara e Cachoeira Dourada se tornará um grande atrativo para a exploração turística também, pois com a retirada dos tocos do leito do rio a água se torna límpida, transparente, livre das toxinas liberadas pela vegetação submersa que escurecem a água.

 

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